A beleza da individualidade e a sabedoria de observar o Ser sem condicionamentos
Somos seres singulares. Pensamos, sentimos e agimos de formas que nos tornam únicos e especiais. Essa diversidade, que à primeira vista pode gerar estranhamento, é, 'DA JANELA DO MEU OLHAR', a própria riqueza da tapeçaria da existência. Mas, como transitar por esse vasto e complexo cenário sem as lentes distorcidas do julgamento? Como abraçar o Diferente, seja ele no outro ou em nós mesmos, sem a necessidade de compará-lo ou de enquadrá-lo em moldes pré-concebidos?
Ao nos depararmos com o Diverso, o desafio inicial é o de despirmo-nos dos julgamentos. É uma prática de humildade e de autoconsciência. Afinal, como podemos pretender conhecer o outro se estamos com nossos próprios filtros e preconceitos nos olhos? A sabedoria reside em termos 'olhos de ver' e apenas contemplar. Contemplar as diversas formas do Ser, sem a ânsia de definir, rotular ou categorizar. Quer as formas se manifestem em nós, pois mudamos a cada experiência, quer se revelem no outro, a arte de observar e refletir é um convite ao aprimoramento contínuo.
Se observamos e entendemos algo como interessante, o convite é para fazermos como o espelho: absorver a imagem, refletir sobre ela, e, a partir daí, lapidar a nossa própria percepção. Se não ressoa, se não agrada, ainda assim, o aprendizado se manifesta: aprendemos 'como não Ser', o que não nos serve, o que não se alinha à nossa essência. Em tudo há um ensinamento, e todos, a cada momento em nossas vidas, somos aprendizes e mestres, ensinando e partilhando diferentes formas de Ser.
No caminho do autoconhecimento, a comparação é uma das armadilhas mais sutis e, paradoxalmente, mais aprisionadoras. Não nos comparemos com a versão de ontem do outro, tampouco com a versão de amanhã. A única comparação válida, se é que ela existe, é com a versão de ontem de nós mesmos. Cada indivíduo tem sua jornada única, vivencia suas experiências e, a partir delas, forma sua individuação. Não há um 'Ser mais Inteligente'; há Seres com Capacidades Diferentes, e é nessa pluralidade que reside a verdadeira riqueza da existência.
É, portanto, uma falácia persistir na crença de que há uma hierarquia de valor entre as diferentes formas de pensar, sentir e agir. O 'NÃO JULGUEIS' se torna um mantra necessário. Não somos capazes de compreender a totalidade da jornada do outro, os acordos que fez nesta existência, neste corpo. Como, então, julgar pensamentos ou ações que desconhecemos em sua raiz? A vida nos convida a respeitar a ESSÊNCIA HUMANA e a INDIVIDUALIDADE de cada Ser que encontramos em nosso caminho.
E ao mergulharmos nessa reflexão, a dualidade se revela: SOU SOMBRA OU SE SOU LUZ? Em nossa existência, somos, por vezes, sombra, e em essência, ora luz. Essa é a complexidade do Ser, a dança entre o que se oculta e o que se manifesta. A arte de observar o outro, com seus contrastes e suas manifestações, dá a nós a chance de desvelar nossos próprios aspectos velados.
ENQUANTO OBSERVAMOS, damos a chance de as pessoas serem quem são, sem a necessidade de que se encaixem em nossas projeções ou expectativas. E, ao fazermos isso, somos convocados a um convite mais profundo: OBSERVAR como essa consciência contribui para a nossa própria jornada e como nós, por sua vez, podemos ser um instrumento para contribuição na jornada d’alma dela. É o reconhecimento da interconexão: somos diferentes, mas somos Todos Um, e é nesse princípio que reside a verdadeira magia da vida. Que, tempestivamente, reconheçamos a existência da Unidade que nos permeia.
E 'Da Janela do seu Olhar';
Diante das diferenças que você observa em si e no outro, você tem se permitido despir os julgamentos e apenas contemplar?
Qual aspecto do 'Diferente' em sua vida tem sido um convite para o seu próprio autoconhecimento e evolução?
Em sua jornada, como você tem exercido a arte de 'ENQUANTO OBSERVAS DÁS A CHANCE DE AS PESSOAS SEREM QUEM SÃO'?
Até breve..
J.L.I Soáres
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