OCUPE ESSE VAZIO
As frases que se complementam entre o título e o subtítulo deste post, pode num primeiro momento denotar amargura, mera expressão de alguma frustração. Devo dizer que as palavras usadas no texto externam uma constatação que desenhou uma tatoo na pele que em momento nenhum haverá a possibilidade de utilizar-me de algum procedimento para apagá-la.
Muito embora tenha meus dias preenchidos desde muito cedo e incrivelmente ocupado me peguei vivenciando um lapso deste tempo dedicado ao estado de demência, em meu afastamento da razão, ou ao menos deixei - me pender a um lado da balança, esquecendo do equilíbrio... deixei-me adentrar na caverna da ilusão de um provável platonismo e por um breve período senti - me afastando - me de mim.
Interessante que o que sempre passo para frente no intuito de direcionar e aconselhar os outros, para eu mesma não soube identificar de forma imediata que eu estava prestes a saborear o prato insosso que me estava sendo ofertado, devo dizer tratar-se de uma oferta irresistível (ao menos visualmente) mas, alguns alertas foram me chamando a atenção, além de não estar sob meu alcance a possibilidade de sentir o aroma dos temperos, minha intuição alertava para o mení que estava incompleto, não havia a discriminação da ordem que seria servido o ilusório banquete, e cada vez mais eu sentia que, ou faltava algum ingrediente, ou continha algum ingrediente oculto. Fato é que ainda não sei o “x” da questão, mas eu não quis esperar para ver, tampouco me dispus a pagar o preço para tanto.
Ocorre que, como eu sempre digo, o próprio desafio trás a dica, na medida em que a situação de desenvolvia e “DA JANELA DO MEU OLHAR” eu percebia que a dinâmica se apresentava disforme, eu ficava cada vez mais atenta aos sinais principalmente nas lacunas, nas ausências de intenção, na verdade, havia acho eu alguma intenção, mas a comunicação não estava clara, tampouco fluida, só que a fantasia já estava fazendo parte de mim, deixei-me encantar, eu quis saborear, quis provar! E estava tão bem, estava em equilíbrio, permaneço, tá bom, um pouco eu acabei me perdendo, normal, mas o importante é que retomei - me em tempo.
O que aprendi? Há um padrão!!!
Há uma abordagem pautada numa interação intelectual, farto diálogo, e a famigerada bajulação do ego, no que principalmente reside no assunto de mútuo interesse ou que incialmente houve a conexão.
Já se deixou levar pelo ímpeto de uma paixão?
O quanto foi gratificante essa experiência, em que ela expandiu tua consciência?
Por quanto tempo se furtou de viver a intensidade e em quanto tempo despertou do sonho?
Até breve!
J.L.I Soáres
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