quarta-feira, 19 de junho de 2024

DA INDIVIDUAÇÃO AO INDIVIDUALISMO

ONDE NOS PERDEMOS?

 

Caro leitor! Hoje resolvi escrever sobre as nuances que envolvem meu trabalho.
Muito embora eu goste muito, pretendo de forma leve trazer algumas situações que me fazem repensar se estou no caminho que está alinhado com meu propósito de alma…irei partilhar minha visão de forma geral a respeito das questões profissionais.
Em latim, de individual, que por sua vez proveniente de "individuos": indivisível, Individuação, princípio de individuação, ou "principium individuationis" descreve a maneira pela qual uma coisa é identificada como distinta de outras coisas, processo em que uma parte  do todo começa a se distinguir, a se tornar independente e única, possuir uma singularidade. Individualismo por sua vez, trata - se de uma atitude exclusivamente para si, egoísta,  egocêntrica. 
A partir das definições inicialmente descritas começo "Da janela do meu olhar", uma análise sobre a condição humana no que tange as terminologias: Individuação e individualismo do ponto de vista de que enquanto espíritos vivendo uma experiência humana, estamos neste plano, que se manifesta numas das diversas dimensões (conceito será tratado noutra ocasião), que coexistem e interagem entre si, apresentando - se cada uma em diferentes graus de perfeição, e que, podemos acessar todas elas a depender do desenvolvimento das capacidades intrínsecas que trazemos e progressivamente através do processo do autoconhecimento vamos nos tornando cada vez mais despertos e conscientes desta possibilidade: Desvelar a Verdade Real. Sim, uma das formas inclusive de entendermos como funciona o cosmos, o universo, é através da biologia, se observássemos nosso corpo entenderíamos o que está acontecendo em todo o cosmos, e conectaríamos os pontos...(mas isto é assunto para quem sabe, outro post), mas entendo importante deixar minha percepção desta conexão. E o que individuação e individualismo tem a ver com isso? Simplesmente tudo! 
O que ultimamente pude observar "Da janela do meu olhar" é que nesse processo de desenvolvimento humano é que vamos no decorrer do tempo desenvolvendo nossa individualização e nos tornando cada vez mais individualistas, sem lembrar - nos de que estamos interligados, interconectados, somos um só, como o próprio conceito de individuação que eu trouxe diz: "processo em que uma parte  do todo começa a se distinguir, a se tornar independente e única", e é este o conceito que acolhi como verdade para mim, quem sabe ao longo dos meus estudos eu passe a entender de outra forma, mas por hora, é sob essa ótica que eu tiro minhas conclusões que não são em nada conclusivas, tampouco tenho a intenção, nem seria capaz de exaurir o tema. Mas vamos ao cerne do que quero tratar neste post, porque na medida em que crescemos, vamos nos reconhecendo, conhecendo e interagindo com o mundo exterior, e então chega o momento de definirmos uma carreira profissional, sim, é necessário para o nosso crescimento pessoal e material, não estou me referindo às questões acadêmicas até porque muitas profissões não requerem um diploma, e temos os profissionais autodidata, o que quero tratar é o propósito de desenvolvermos uma atividade profissional.
Como eu afirmei no post de abertura do blog, não há certo ou errado, é o ponto de vista "Da janela do meu olhar", e respeito que cada um tem a sua percepção e é justamente o que nos torna únicos do ponto de vista da individuação.
Da Janela do meu olhar, a profissão que escolhemos é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e material em que através de nossas capacidades natas ou não, identificadas e/ou desenvolvidas, utilizamos para servir, ainda que realizadas em âmbito individual (escritor de blog) por exemplo, rsrs, ainda assim é partilhado. Portanto, entendo a profissão como o ato pelo qual servimos com certa excelência a nós mesmos e aos outros, e deste modo contribuímos para o todo, o coletivo. Certo, temos essa consciência, acredito que de forma uníssona (acredito), ocorre que, quando eu observo a forma pela qual é tratada essa missão identifico um olhar mais voltado ao individualismo. Irei explicar porquê:
Trarei percepções do meu cotidiano nas atividades profissionais no ramo de vendas, porque tem me colocado em desconforto o que percebo e me fez olhar para os demais profissionais, e o interessante é que estou atenta e tem chegado relatos específicos de outros núcleos, é o que dizem: o "universo" vai mostrando o que queremos ou precisamos ver. Quando disponibilizamos nosso dom ou capacidade inata em desenvolvermos relacionamentos, criarmos conexões para um determinado fim, estamos ferramentas de viabilização de negócios, projetos, sonhos...enfim...Bom, como eu afirmei, é como vejo minha atividade neste ramo, até mesmo quando realizo diligência no jurídico, a razão que sou procurada é para resolução de alguma questão a ser dirimida, independente do âmbito, mais uma vez, reafirmo o caráter de servir de todas as atividades profissionais, em qualquer ramo que seja, o que importa neste contexto é a razão pela qual desenvolvemos uma atividade profissional além do crescimento pessoal e material, o de servir. Vejo um jogo cada vez mais brutal e sem humanidade, sem senso de coletividade e empenho amoroso e zeloso no ato de servir, mas identifico muitos atos individualistas, o que até podemos entender de alguma maneira, pois é importante pensarmos em nosso crescimento, mas e quando a energia não é dispensada somente no que tange aos interesses próprios mas também em atos para prejudicar o semelhante, o colega, o parceiro, o concorrente"?. 
E não diga que o que vejo é a percepção que há em mim pois mantenho meu foco no bem, no bom, e no belo, apesar do caos que possa se fazer ´presente no entorno sempre fui otimista sobre tudo, sei que há momentos que cansamos de ser fortes, choramos, pensamos em desistir, mas são momentos e estes passam, como tudo na vida e ainda bem!!! Mas mais que perceber, eu vejo atitudes e verbalizações no intuito de destruir o trabalho construído por outrem, onde iremos parar com essas atitudes enquanto humanidade? 
Quando uma pessoa, quer seja ele cliente, amigo, conhecido, desconhecido ou amigo do conhecido o procura enquanto profissional o que ele deseja é ter seu problema, sua questão dirimida, mas não temos focado nisso, temos focado no quanto e se ganharemos se nos propusermos a dirimir, isto até mesmo sem ao menos sabermos se iremos de fato ser ferramenta útil e eficaz para tanto, o que importa é o quanto será ganho! Entendo a parte que empenhamos, investimos em tempo e financeiramente para nos capacitarmos, mas quero a pauta somente da razão pela qual passamos a trabalhar sob o olhar holístico, e não, não vivo no mundo e nem entrei na toca do coelho de Alice, muito embora eu entenda que ao adentrar ela despertou...mas é minha percepção novamente.
Da janela do meu olhar, e capacidade de ouvir e observar meu entorno, já tive o dissabor de ouvir a seguinte afirmação: "Fulano detém a maioria da clientela daquela região, irei ligar para eles e direi que ele está distribuindo o contato para se indisporem com ele e eu entrar no bairro.." Entenda, Caro leitor, coloquei em palavras brandas! O que mais observo é a manifestação de frustração e falta de vontade em empreender energia para viabilizar os negócios por haver a necessidade de divisão de honorários, e muitas vezes com a parceria que apresentou as oportunidades. E quando experiencio situações em que o negócio ainda nem se concretizou, somente há perspectiva e as pessoas são tomadas pela ganancia e decidem rever os acordos de divisão de honorários? Como eu gosto de dizer, a nossa capacidade de mudança é o que mais me fascina...rsrsrs 
Por isso da minha pergunta em caixa alta e em negrito: ONDE FOI QUE NOS PERDEMOS?
Certo, poderá você, e tem todo direito em dizer que ramo de vendas é assim mesmo, pois no mercado dos negócios há muito dinheiro na mesa e não há amor quando se trata de dinheiro, certo, compreendo, mas me entendo como ponte e intermediária para viabilizar a realização de sonhos, projetos, metas, e independente de quanto ou de com quantos dividirei o fruto do sucesso do meu trabalho não importa, nunca importou, porque meu propósito é ser útil para quem me procura, tenho esse olhar sobre meu trabalho, e já tive experiências que me provaram que nem sempre é da mesma horta que plantamos que iremos colher, o que importa é fazer um bom plantio, deixar boas sementes por onde passamos.
Na area médica hoje pela manhã, tomando café com meu coach de golf, um Sr. com seus 88 anos de experiência de descendência japonesa, admiro muito a cultura e forma de conduta da comunidade e muitas eu acolho e sigo, ele relatou - me os contrastes que sua filha está vivendo na clínica médica em que é geradora de empregos e segue o propósito mais nobre que eu entendo, salvar vidas. Ou seja, essa conduta está em todas as atividades profissionais, certo ou não, não é a questão, porque é importante observarmos os vários fatores que envolvem cada situação e pessoas, (carmas, darmas, justo, injusto de acordo com cada crença), o que nos fica claro é que estas ações são feitas por pessoas, por consciências em diferentes níveis de desenvolvimento e pessoas estão desempenhando todas as profissões e em todos os lugares.
Sei que a jornada é individual e cada um age de acordo com sua individualidade no decorrer do caminho, mas estamos vivendo num plano onde precisamos uns dos outros, precisamos desenvolver um olhar mais humano ainda que para os assuntos que envolvem cifras e cifrões, porque está ligado diretamente à prosperidade e esta abrange todos os aspectos da existência humana, sei que o que vivencio e identifico como uma polaridade negativa, pode para o outro ser o momento que ele precisa vivenciar daquela forma e ter esse nível de percepção, e isso não nos torna melhor nem pior, porque cada um está em um momento, com determinado grau de consciência, eu entendo assim, mas é máxima da vida que em tudo que há propósito nobre tende a prosperar, é possível que ao desenvolvermos um olhar mais sensível para as necessidades humanas com retornos materiais, alcançaríamos níveis mais altos de vibração e a ajuda mútua nos traria mais felicidade enquanto nos desenvolvemos nessa jornada infinita que chamamos de vida. 
E você, da janela do seu olhar, o que e como tem visto as ações dentro do teu ramo de atividade profissional? 
Estas manifestações no cotidiano o fazem crer que podemos mudar o olhar sobre nossa razão de servir? 
Enxerga como eu a atividade profissional que desempenhamos, ou seja, um ato de servir em essência?

 

Até breve... 

 J.L.I Soáres

 

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